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ISOLAMENTO ACÚSTICO DE PAREDES

A Norma de Desempenho NBR 15.575 estabelece um nível mínimo de 45 dB de isolamento acústico em paredes interiores que separam dormitórios. As diretrizes também podem servir como referência para o isolamento acústico em paredes geminadas.

Para entendermos as diferenças entre os componentes construtivos que compõe uma parede, podemos analisar, por exemplo, a principal diferença entre a alvenaria e o drywall. Enquanto a tradicional alvenaria depende de seu peso para proporcionar determinado desempenho acústico, o drywall obedece apenas a seu sistema massa-mola-massa (alternância de materiais que reduz a transmissão das energias térmica e sonora).

O termo STC (Sound Transmission Class) se refere à classe de transmissão de som pertencente a um determinado material de construção, geralmente uma parede ou divisória, mas também aplicável a janelas e portas. Também conhecido como SRI (Sound Reduction Index). Padrões de medição e classificação seguem as normas ISO 140 (partes 1 a 14), ISO 717 (partes 1 e 2) ou ASTM E 90 e ASTM E 413.

Quanto maior o valor do STC em decibéis (dB), maior o isolamento proporcionado pela barreira na faixa de frequências estabelecida (normalmente entre 125 e 4000 Hertz).

Os números não são cumulativos, isto é, o STC total de uma divisória consistindo em, por exemplo, uma camada de blocos maciços, uma camada de reboco e uma de vermiculita não será a soma de seus STCs individuais.

Assim, para se determinar a classe desta parede, ela terá de ser construída e medida, pois o acréscimo de um determinado material sobre outro pode afetar suas características acústicas.

Como exemplo, uma camada de espuma rígida de poliuretano em spray aplicada diretamente sobre uma parede de gesso, além de acrescentar suas próprias características de isolamento, contribui para amortecer vibrações no gesso e veda frestas entre chapas, resultando num STC global superior ao dos materiais isolados.

Da mesma forma ocorre com as paredes ARXX ICF, onde para se determinar a classe de cada tipo de parede, ela terá de ser construída e medida, considerando além da sua composição padrão de EPS+CONCRETO+EPS para cada linha de produto, os revestimentos de cada face sobre o EPS, pois o acréscimo de cada material de revestimento certamente afeta as características acústicas de cada tipo de parede.

Para exemplificar um pouco estas diferenças apresentamos abaixo valores de STC para diferentes tipos de Componentes Construtivos.

Valores de STC para Componentes Construtivos (valores em dB)

A solução mais precisa é medir o STC, depois da parede construída, caso a estrutura (parede) não seja conhecida e possua o índice disponível numa tabela, pois, repetindo, não adianta saber o STC do material isolado, pois ele não trabalhará sozinho.

Numa janela acústica, por exemplo, assim como em qualquer outra barreira semelhante, a forma de construção influi decisivamente no STC. Uma chapa de vidro presa no caixilho por meio de uma gaxeta de borracha apresenta desempenho superior à mesma chapa se presa diretamente na madeira.

Uma janela fixa com determinado tipo e espessura de vidro mostra um STC 3 ou 4 dB superior a uma janela móvel de alta qualidade, ou até 12 dB se comparada a uma janela móvel mal vedada, mas com os mesmos vidros.

Também o fato de ter vidros simples ou duplos muda tudo. A separação entre as chapas e sua espessura ditam o STC, mais que o material de que são feitas. Mesmo sabendo-se o STC teórico individual de cada uma, o simples fato de estarem separadas por “X” centímetros ou por “Y” centímetros nos dará diferentes números para a janela.

Portanto, da mesma forma que ocorre com uma esquadria, para saber o quanto sua parede ARXX ICF™ atenua, caso o índice não seja conhecido, dependerá de medi-la depois de construída, considerando as características de cada material que a compõe, inclusive dos revestimentos.

Marcello é Arquiteto e Urbanista formado na UFSC em 1992, com mais de 29 anos de experiência no mercado brasileiro de construção civil. Como Gerente Geral da empresa PRODU`SHOPPING, gerenciou diretamente a produção de mais de 10 empreendimentos do setor de Shopping Center e Hotelaria do país, gerenciando a execução de mais de 440.000 m² construídos em seus 16 anos na empresa. Com MBA de Gerenciamento de Projetos na FGV em 2008, inicia uma importante fase de sua carreira realizando avaliação de viabilidade técnica e econômica, e gestão de Projetos, atuando pela ENGEVIX, uma das principais empresas de Engenharia e Construção do país, por mais de 8 anos nos estados de SP, RJ , MG, PR, SC, RS, ES , PE, PA e AM. Em 2016 ingressou na ARXX S.A. como Diretor Técnico, onde permaneceu até janeiro de 2018, quando tornou-se acionista e foi indicado ao cargo de CEO com mandato de 2 anos. Atualmente responde pela Diretoria Técnica da ARXX.

 
 
 

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